Agrupamento musical onde os instrumentos de corda estão ausentes ou, em último caso, têm um papel secundário.
A banda, no seu sentido actual, remonta ao século XIV.
Nas cortes e palácios da Nobreza trabalhava um número reduzido de músicos, que tocavam Flautas, Trombetas e outros instrumentos de sopro. Nos alvores do século XVIII não excediam o número 18.
No entanto, com o aperfeiçoamento dos instrumentos antigos e o aparecimento de outros novos, as bandas alargaram a sua formação e alcançaram grande prestígio, sobretudo em França e Itália.
O belga A. Sax com toda a gama de instrumentos de sopro por ele inventados contribuiu poderosamente para este desenvolvimento musical até meados do século passado.
Segundo a sua formação e objectivos, as bandas podem ser militares ou civis.
As primeiras tinham como missão acompanharem os exércitos para os encorajar na batalha e alegrar na vitória, assinalando-se a sua existência desde a antiguidade.
A banda militar moderna nasceu na Alemanha, durante a primeira metade do século XVIII, constituida primeiramente por 2 Flautas, 2 Oboés, 2 Trompas, 1 ou 2 Trombetas, 2 Tubas e 1 Trombone Baixo.
Entre 1750 e 1770, período durante o qual o oboé cedeu o seu lugar ao Clarinete (considerado o instrumento principal), a Inglaterra instituiu as suas bandas militares.
Em França, um decreto de 1766 atribui uma banda a cada regimento.
A sua formação nos diferentes países é muito idêntica. Assinala-se, habitualmente, como excepção, a introdução da Gaita de Foles na Escócia.
As bandas civis, encarregues de dar concertos, datam da Idade Média, e compõem-se de Pífaros, Flautas, Gaitas, Cornetas, Tambores e instrumentos de corda.
Interpretavam música profana e religiosa.
Os seus elementos, profissionais da música, eram contratados para tocarem em cerimónias organizadas pelos municípios ou grémios que, ao perderem a sua influência, vão obrigar à sua transformação em bandas municipais, nas quais predominam os instrumentos de metal e sopro.
Com o aperfeiçoamento dos instrumentos por obra de Sax, fomentou-se a difusão das bandas que tinham uma missão suplementar nas populações com falta de orquestras.
Enquanto as bandas ao serviço do exército exibiam marchas militares, as sustentadas pelo município tocavam peças dançáveis, composições que estavam na moda e selecções de música erudita formando os seus repertórios com transcrições e arranjos de obras diversas.
Hoje em dia, as bandas de concerto adoptam o nome de Filarmónicas.
Alguns compositores têm escrito propositadamente para estas formações, sendo o luso-americano John Philip Sousa o mais profícuo representante, a ponto de ser cognominado “O Rei da Marcha”!!
Fonte: BandasFilarmónicas.Net
G.D.E. – Clube Internacional do Livro